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Dia Mundial de Luta Contra a Aids: doença ainda impõe desafios para a saúde pública – Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro – prefeitura.rio

As unidades de saúde do município intensificaram a testagem para Aids – Edu Kapps/Prefeitura do Rio

O município do Rio de Janeiro registrou em 2023, até o momento, 2.300 novas infecções pelo HIV, o vírus causador da Aids, com taxa de detecção de 33,9 a cada 100 mil habitantes. Desde o início do ano, ocorreram 409 óbitos, o que equivale a uma taxa de mortalidade de 6/100 mil. Embora já não cause tantas mortes como nos anos 80 e 90, a Aids ainda é um grande desafio para a saúde pública, exigindo cuidados contínuos de prevenção e tratamento, para dar qualidade de vida aos pacientes e evitar novas contaminações. Atualmente, 42.850 pessoas que vivem com o HIV fazem tratamento pelo SUS na cidade, com toda a medicação fornecida gratuitamente. E a rede municipal oferece a testagem em suas mais de 230 unidades de Atenção Primária (clínicas da família e centros municipais de saúde).

Neste Dia Mundial de Luta contra a Aids, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) lança o Boletim Epidemiológico HIV/Aids no Município do Rio de Janeiro, disponível no portal EpiRio, mostrando os desafios que persistem com os novos casos, mas também os avanços nas ações de prevenção, como o aumento no número de usuários testados, que saiu de 278.605 em 2021 para 304.667 em 2023 até o momento. A testagem é uma das medidas mais importantes para se evitar a transmissão do vírus. Quando o diagnóstico é feito precocemente, o paciente pode iniciar o tratamento de imediato e recebe orientação e medicação, como a profilaxia pré-exposição (PrEP), retroviral que deve ser usado por pessoas não infectadas pelo HIV, a fim de se evitar a infecção durante a relação sexual.

A profilaxia pré-exposição está indicada para pessoas que estão mais suscetíveis, como casais – tanto hetero quanto homoafetivos – em que apenas um dos parceiros vive com o vírus; homens que fazem sexo com homens; entre outros casos. O uso regular dessa medicação reduz em 95% o risco de infecção pelo HIV. Após a ampliação da oferta do método na rede municipal, o número de pessoas em uso da PrEP passou de 1.305 para 7.279, entre 2021 e 2023. No Rio, todas as unidades de Atenção Primária estão aptas a orientar e conscientizar sobre o HIV e outras infecções sexualmente transmissíveis e a prescrever a PrEP conforme indicação. O paciente com HIV pode buscar tratamento e medicação em qualquer unidade de saúde, sem necessidade de ser a sua unidade de referência.

– O município tem avançado na redução da carga viral,  temos hoje quase 80% dos pacientes com HIV vivendo com carga viral indetectável, fazendo uso de antirretrovirais. Todas as nossas 238 unidades de saúde estão preparadas para esse atendimento e é fundamental que a população se previna, se teste e busque tratamento. É preciso que as pessoas tenham consciência que é com a prevenção e com a testagem que conseguimos evitar a disseminação desta doença, que ainda é um problema de saúde pública – disse o secretário municipal de saúde, Daniel Soranz.

Para enfrentar os desafios ainda impostos pelo HIV, a rede municipal de saúde trabalha com a chamada prevenção combinada, que associa diferentes métodos e ações de prevenção ao vírus: testagem; prevenção da transmissão vertical (da gestante soropositiva para o bebê); tratamento das infecções sexualmente transmissíveis e das hepatites virais; imunização para as hepatites A e B; redução de danos para usuários de álcool e outras drogas; profilaxia pré-exposição (PrEP); profilaxia pós-exposição (PEP); tratamento para as pessoas que já vivem com HIV; dispensação de preservativos – este ano já foram distribuídos mais de 12,7 milhões de preservativos masculinos. Os métodos estão disponíveis nas unidades de Atenção Primária e no novo Centro de Prevenção Combinada, que funciona em horário ampliado, de domingo a domingo, das 7h às 22h, no Complexo de Saúde de Botafogo, na Rua General Severiano, 91.

– O Boletim Epidemiológico deste ano deixou bem claro que a informação é fundamental no combate a essa infecção. Então, se hoje ainda temos dados elevados, principalmente entre os jovens, isso parte da desinformação. Hoje já temos tratamentos como PrEP e PEP nas unidades de saúde, mas é preciso reforçar, principalmente a testagem. Quem tem uma vida sexualmente ativa, tem que testar sempre. Quanto antes o diagnóstico vier, melhor vai ser o tratamento e a qualidade de vida. Tem que testar para saber e, para saber, tem que testar – completou o coordenador-executivo da Coordenadoria de Diversidade Sexual da Prefeitura do Rio, Carlos Tufvesson.

Além das unidades de saúde, a SMS também amplia o acesso à testagem com a ação VanBora!, uma van com equipe de saúde que circula nos principais pontos de aglomeração, em festas e eventos, levando testagem, orientação e vacinação para o público presente.

Dezembro Vermelho: mês de conscientização

Durante todo o mês, a campanha Dezembro Vermelho promove ações para engajar profissionais e usuários para a prevenção, assistência, proteção e promoção dos direitos das pessoas que vivem com HIV/Aids e outras infecções sexualmente transmissíveis. Com o objetivo de conscientizar a população sobre a importância do diagnóstico precoce e o cuidado integral à saúde, as unidades de Atenção Primária (clínicas da família e centros municipais de saúde) do município do Rio terão uma programação especial durante o mês. O Dia D da campanha será neste sábado (2/12), com mobilização nas unidades de Atenção Primária das 8h às 17h.

Confira aqui a programação do Dezembro Vermelho.

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