ENTRETENIMENTO

Com capital simbólica em Santos, governador anuncia criação de distrito turístico

Governador Tarcísio de Freitas assina decreto que cria distrito turístico em Santos

Com a transferência simbólica da capital estadual para Santos, o governador Tarcísio de Freitas assinou nesta quinta-feira (13) o decreto que cria o sétimo distrito turístico do estado na cidade. A ação organiza áreas estratégicas com foco no desenvolvimento econômico a partir da atividade turística, com impacto local e regional. Na ocasião, Tarcísio anunciou também o aporte de R$ 9 milhões para a implementação do Museu Ferroviário de Santos.

“Hoje é um dia de celebrar o legado de José Bonifácio e também de celebrar o turismo em Santos. Estamos assinando o decreto que cria o segundo distrito turístico urbano do estado de São Paulo, que é justamente o de Santos”, afirmou Tarcísio. “É uma ferramenta importante que vai nos permitir trazer novos investimentos para impulsionar ainda mais o turismo da cidade”, acrescentou o governador.

Leia mais: Turismo de SP investe R$ 11,9 milhões e entrega 17 obras no mês de maio

A mudança provisória da sede do Governo de São Paulo para Santos acontece anualmente em homenagem a José Bonifácio de Andrada e Silva, conforme lei estadual, e foi acompanhada de ato cívico em que o governador recebeu a medalha que homenageia o patrono da Independência. Participaram do ato o secretário estadual de Turismo e Viagens, Roberto de Lucena, deputados, prefeitos e vereadores, além de lideranças turísticas e culturais da Baixada Santista.

O distrito turístico de Santos é formado por localidades de destaque como o Centro Histórico – Valongo, a Vila Belmiro e o Mercado Municipal. O modelo de organização foi desenvolvido pela Secretaria de Turismo e Viagens, em parceria com a prefeitura, e apoio de entidades do setor.

O foco da iniciativa é a atração de investimentos públicos e privados por meio de ações que geram benefícios econômicos, fiscais e de crédito, além de aumentar o fluxo de turistas na Baixada Santista. A expectativa é que o distrito movimente até R$ 2,2 bilhões em investimentos nos próximos anos.

“Com o principal porto do hemisfério sul, Santos esbanja potencial turístico e nos orgulha por equilibrar um cotidiano agitado com momentos de tranquilidade à beira-mar”, disse o secretário estadual de Turismo e Viagens. O patrimônio histórico de Santos inclui a Linha Turística do Bonde, o Museu do Café, a Estação Ferroviária do Valongo e o Museu Pelé, entre outros.

A administração paulista já instituiu os distritos turísticos do Centro de São Paulo, o primeiro urbano do país; o da Mata Atlântica, o primeiro ecológico; o de Olímpia, que aposta nas águas termais; o de Serra Azul, com diversos parques de diversão; o de Iguape, com grande patrimônio histórico e ambiental; e o de Andradina, que conta com um parque aquático.

A organização dos distritos turísticos gera impactos significativos na visitação, fortalecendo empreendimentos já existentes e incentivando a instalação de novos negócios. Considerando todos os sete distritos criados, São Paulo tem potencial de movimentar cerca de R$ 12,5 bilhões até 2030, conforme o Centro de Inteligência da Economia do Turismo (Ciet).

Para impulsionar a iniciativa, a Secretaria de Turismo e Viagens lançou um manual de boas práticas para distritos turísticos e criou um fórum permanente para reunir e divulgar soluções para desafios de infraestrutura, incentivos econômicos e aprofundamento de políticas públicas.

Museu Ferroviário

O legado ferroviário da Baixada Santista tem grande importância histórica para São Paulo. O Complexo da Estação Ferroviária de Santos, tombado pelo patrimônio histórico, representa o marco zero para a implantação do traçado da ferrovia no estado. A Estrada de Ferro Santos-Jundiaí, antiga São Paulo Railway, é pioneira por ser a primeira linha ferroviária paulista, eixo estrutural de transporte decisivo para a conexão entre o litoral e o interior.

Com o investimento do Governo de São Paulo, o Museu Ferroviário vai funcionar no Armazém 1 do Cais do Valongo, em um circuito de 700 metros de vias internas, uma via externa de 130 metros e pontos de acesso. O local terá equipamentos que vão permitir o trânsito de uma linha para outra, assegurando a continuidade da via e restauro de locomotivas, vagões e itens ferroviários de interesse histórico.