ENTRETENIMENTO

Mais mulheres chegam ao SUS no Rio para o exame de mamografia – Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro

Número de pacientes atendidas na cidade para rastreio do câncer de mama cresce 180% em 2024 – Edu Kapps/SMS

Neste sábado (08/03), Dia Internacional da Mulher, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) do Rio de Janeiro alerta para a importância da saúde da mulher e do diagnóstico precoce de um dos cânceres mais prevalentes entre o público feminino, o de mama. A rede municipal do Rio tem oferta plena de mamografia e, em 2024, 153 mil cariocas realizaram o exame, que é essencial para o rastreio e diagnóstico da doença. O fato se deve, principalmente, ao aumento de vagas ofertadas e também da cobertura da Atenção Primária, garantindo mais acesso ao SUS.

O município do Rio segue as diretrizes do Ministério da Saúde para mamografia de rastreamento, que recomenda o exame a cada dois anos para mulheres entre 50 e 69 anos. Além do rastreio de rotina, ao observar sinais no corpo como caroço nas mamas ou axila, inchaço na região da mama, inversão ou secreção do mamilo e pele com aspecto enrugado, avermelhada ou irritada, a mulher deve procurar sua unidade de Atenção Primária de referência, para avaliação, orientações e solicitações de exames necessários para investigação.

Prefeitura investiu para o aumento da oferta

Em 2024, a SMS abriu mais de 170 mil vagas para mamografia no SISREG, oferta superior à demanda de usuárias que se apresentou. Em 2020, foram somente 95 mil vagas ofertadas e 54 mil mulheres que efetivamente fizeram o exame. O município ampliou a oferta de vagas para o exame de mamografia, entre outros, nos últimos quatro anos, como resultado dos investimentos da Prefeitura do Rio para reduzir as filas do SISREG.

O Centro Carioca de Diagnóstico e Tratamento por Imagem (CCDTI), unidade do complexo do Super Centro Carioca de Saúde, realizou, desde sua inauguração, em março de 2023, mais de 46 mil exames de mamografia. A unidade é um dos pilares dos grandes avanços da rede municipal de saúde, tendo feito cerca de 25 mil exames de mama no último ano.

Mulheres com indicações para rastreio de rotina de câncer de mama são agendadas via SISREG para exame de mamografia em até 38 dias. Já para as pessoas em investigação diagnóstica para alguma suspeita da doença, o tempo de espera cai para 25 dias.

Mas não é só o número de vagas a favor da saúde da mulher. Desde o ano passado, o CCDTI também conta com apoio de inteligência artificial (IA) para auxiliar no diagnóstico de câncer de mama, sendo pioneiro no Sistema Único de Saúde. Os laudos dos exames de mamografia realizados na unidade são avaliados e assinados por profissionais médicos qualificados, no entanto, a IA auxilia na identificação de possíveis lesões difíceis de serem vistas pelo profissional. Com a nova tecnologia, a imagem com forte suspeita de câncer ganha prioridade na análise e laudo do médico radiologista, reduzindo o tempo de diagnóstico e início do tratamento.

Além disso, visando celeridade no itinerário terapêutico da usuária nos casos de exames sugestivos de câncer de mama, foi criado o Projeto de Navegação do CCDTI, que acelera o processo de investigação diagnóstica, garantindo o seguimento dos exames alterados até a sua confirmação. A Navegação só termina quando a mulher é inserida para tratamento no Sistema Estadual de Regulação (SER).

O CCDTI, atualmente, é o prestador que realiza o maior número de mamografias de mulheres cariocas, sendo assim, o seguimento dos casos dentro da própria unidade, facilita a investigação diagnóstica e reduz as chances de perda de seguimento pela equipe de saúde da família e abandono por parte da usuária.

O fator que mais impulsionou o crescimento de exames foi a reestruturação da Atenção Primária. Para ter acesso aos serviços de rastreio e diagnóstico, e ao tratamento do câncer de mama, a mulher deve procurar uma clínica da família ou centro municipal de saúde para dar início ao serviço. Para saber a clínica de família de referência, buscar no site Onde Ser Atendido.

Desde 2021, a SMS ampliou a Estratégia Saúde da Família (ESF), saindo de menos de 40% de cobertura para 81% em 2024. Em 2016, a cobertura havia chegado pela primeira vez a 70%, mas após um período de desestruturação, entre 2017 e 2020, caiu. Atualmente, são 1.358 ESF, um acréscimo de 273 equipes em quatro anos. Desta forma, mais cariocas estão chegando ao SUS e garantindo saúde e qualidade de vida.

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  • 7 de março de 2025
  • Marcações: Atenção Primária câncer Dia Internacional da Mulher Mamografia Prefeitura do Rio saúde SUS