O Parque Tecnológico de Sorocaba (PTS) foi sede, na noite desta segunda-feira (7), do lançamento da Agenda Estratégica de Desenvolvimento da Região Metropolitana de Sorocaba (RMS), que teve como objetivo apresentar o Plano Diretor, desenvolvido pelos participantes do Programa LÍDER, incluindo o PTS, ao longo de 2024, com a mediação do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae-SP). Esse plano reúne diretrizes estratégicas para o crescimento das cidades da região, com foco nas áreas de Agro, Turismo e Indústria, identificadas como as principais forças e oportunidades pelos líderes locais.
O evento, que reuniu mais de 600 pessoas, entre lideranças políticas, empresariais, acadêmicos e representantes da sociedade civil, contou com a presença do secretário de Desenvolvimento Econômico do Estado, Jorge Lima; do vice-prefeito, Fernando Martins da Costa Neto; da primeira-dama e presidente do Fundo Social de Solidariedade (FSS) de Sorocaba, Sirlange Frate Maganhato; do presidente do Parque Tecnológico de Sorocaba, Nelson Cancellara; do diretor-superintendente do Sebrae São Paulo, Nelson Hervey; do presidente da Região Metropolitana de Sorocaba e prefeito de São Roque, Guto Issa, além de prefeitos da RMS e secretários municipais.
O secretário de Desenvolvimento Econômico do Estado, Jorge Lima, destacou a importância do lançamento do Agenda Estratégica de Desenvolvimento da Região Metropolitana de Sorocaba (RMS). Para ele é fundamental que haja, em breve, um engajamento ainda maior de outros municípios, alcançando também a Região Administrativa de Sorocaba. “Essa atual gestão do governo do Estado é municipalista, ou seja, pensamos em todos os municípios. Entretanto, é fundamental essa união de forças e o programa Líder, encabeçado pelo Sebrae-SP, é algo que merece todo nosso apoio. Apesar de cada município e região ter suas particularidades e demandas, é fundamental a atuação em conjunto. Hoje vemos uma grande deficiência no que se refere, por exemplo, em mão de obra qualificada. É preciso uma atuação forte nesse sentido”, ressaltou.
“O fato de estarmos ao lado de representantes de outros municípios e também do governo estadual é um forte demonstrativo do quanto este evento é relevante para a nossa região, que deve se beneficiar das experiências que estão sendo trocadas aqui”, acrescentou, por sua vez, o vice-prefeito Fernando Martins da Costa Neto.
A primeira-dama Sirlange também destacou a importância de uma iniciativa como o Programa LÍDER. Para ela, é fundamental essa união de forças envolvendo os municípios e, sobretudo, envolver lideranças de vários segmentos, em busca do desenvolvimento regional. “Estarmos reunidos aqui hoje representa essa força, porque sozinhos não conseguimos fazer nada. Esse fortalecimento mostra também o peso da nossa região. O prefeito Manga está lá em Brasília defendendo o pacto federativo, porque é nos municípios que tudo acontece”, ela ressaltou. Na sequência, elogiou a excelência da gestão e a boa fase pela qual passa o Parque Tecnológico de Sorocaba.
Nelson Harvey, Superintendente do Sebrae-SP, fez um breve histórico da implantação do Programa LÍDER, que, na sua avaliação, desempenhou papel fundamental ao longo de 2024. Durante o ano, o Sebrae-SP mediou oito encontros com 58 líderes, de 28 municípios da RMS, buscando identificar as carências e os potenciais da região. Os líderes concluíram que as áreas de Agro, Turismo e Indústria são as mais promissoras para impulsionar o desenvolvimento sustentável e fortalecer as pequenas empresas locais. “Estamos muito felizes com a realização desse encontro. Posso dizer que é um marco para a nossa região, pois acontece a partir de uma construção coletiva, elaborada passo a passo. É o primeiro passo e esperamos que os líderes consigam permanecer unidos nessa construção coletiva, para melhorar a forma de pedir recursos, focar em segmentos estratégicos e buscar mais parcerias, para que mais recursos cheguem à região,” afirmou.
O presidente do Parque Tecnológico de Sorocaba, Nelson Cancellara, ressaltou que esse é apenas o primeiro passo para um grande avanço no desenvolvimento da Região Metropolitana de Sorocaba, além de elogiar a participação e agradecer as lideranças envolvidas na elaboração do Plano Diretor. “Este é um passo muito importante para impulsionarmos ainda mais a nossa região metropolitana. A construção desse projeto levou mais de oito meses e resultou em metas que estão divididas em três eixos principais: agro, indústria e turismo. E agora o trabalho continua, para que o Plano seja implementado”, avaliou o presidente do Parque Tecnológico, Nelson Cancellara.
O Plano Diretor
O Plano Diretor elaborado pelo Programa Líder reúne diretrizes estratégicas para o crescimento das cidades da região, com foco nas três áreas identificadas como as principais forças e oportunidades pelos líderes locais.
No que se refere à indústria, um dos objetivos está em preparar o ambiente de negócios para manter e atrair mais empresas do segmento para a RMS. Para isso a meta é manter as empresas existentes e aumentar em 30% o número de indústrias na RMS nos próximos 15 anos. O segundo objetivo está na capacitação da mão-de-obra, capacitando anualmente 5% dos empregados da indústria na região.
Já no turismo da RMS, o plano prevê três metas a serem conquistadas. O primeiro objetivo está em capacitar o Trade Turístico, sendo que a meta de entrega prevê oferecer cursos e treinamentos para gestores, empresários e colaboradores do Turismo na região, em pelo menos 14 dos 28 municípios, até novembro de 2040.
O segundo objetivo está na criação de um observatório de turismo da RMS, tendo como meta de entrega mapear a oferta turística de, no mínimo, 14 dos 28 municípios da RMS, por meio do observatório até junho de 2026. Já o terceiro objetivo inclui a formatação de produtos turísticos regionais. Para isso, a previsão é de ter, ao menos, 10 novos produtos turísticos formatados, na RMS, até novembro de 2040.
No que se refere ao agronegócio, o Plano Diretor tem como um dos objetivos promover a transformação digital para evolução do segmento, de forma competitiva e sustentável. Para isso, a meta de entrega estabelece a implantação de duas propriedades piloto por ano, até 2040, abrangendo todos os municípios. O segundo objetivo prevê ampliar o conhecimento técnico e a capacidade de gestão dos produtores rurais, sendo que para isso é necessário implantar cursos técnicos/gestão em agronegócios com alcance de pelo menos 50% dos produtores, até 2026.
Por fim, o terceiro objetivo estabelece a necessidade de articular para conectar a governança das instituições do agronegócio, visando fortalecer a atuação integrada em ações, programas e projetos. Para isso, a meta de entrega prevê a realização de um evento (hackaton) a cada dois anos, sendo o primeiro ainda em 2025.