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Comlurb recebe estudos para implantação de usina fotovoltaica no Aterro Metropolitano de Gramacho – Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro

A Comlurb aguarda a fase de conclusão de estudos contratados por meio de MIPs (Manifestações de Interesse da Iniciativa Privada) para a implantação de uma usina fotovoltaica no Aterro Metropolitano de Gramacho, em Duque de Caxias. Os estudos foram solicitados pela Comlurb e estão sendo desenvolvidos por empresas interessadas. MIPs são uma forma de apresentação de soluções criativas e inovadoras por empresas privadas para desafios do setor público. De acordo com os estudos preliminares já recebidos pela Comlurb, a capacidade de geração poderá variar entre 30 e 50 megawatts (MW), quantidade suficiente para abastecer cerca de 40 mil residências com energia elétrica. A avaliação de viabilidade técnica e econômica está em andamento, e a expectativa é que os resultados sejam apresentados em outubro.

A eventual usina solar fotovoltaica aproveitaria a área de 1,7 milhão de m² do Aterro. O projeto guarda similaridade com o Solar Carioca, que está em implantação no aterro sanitário de Santa Cruz, que vai gerar 5 MW, suficiente para abastecer cerca de 4 mil residências com energia elétrica. Em Gramacho, no entanto, a escala estudada poderia ser até dez vezes maior, o que representaria um avanço significativo no aproveitamento de áreas desativadas para a produção de energia limpa.

Encerrado em 2012, após mais de três décadas de operação, o aterro vem sendo alvo de programas contínuos de recuperação e manutenção ambiental. Entre as iniciativas em destaque está a recuperação do manguezal localizado às margens da Baía de Guanabara, sob a coordenação do biólogo Mário Moscatelli. Até o momento, já foram recuperados 60 hectares (600.000 m²), constituindo a maior área de manguezal restaurada da Baía, com resultados ambientais significativos, como o retorno de peixes, moluscos e crustáceos.

A Comlurb também reforçou a segurança ambiental recentemente, com a implantação de uma nova lagoa de armazenamento de chorume, com capacidade para 23.000 m³, um incremento de 22% em relação ao sistema anterior. O projeto contou com revestimento de argila de baixa permeabilidade, manta de polietileno de alta densidade (PEAD) de 1,5 mm e dique de proteção em todo o perímetro, garantindo impermeabilidade e robustez geotécnica. A nova estrutura amplia a resiliência do aterro diante de eventos pluviométricos extremos e permite a manutenção das demais lagoas com total segurança.

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