A Orquestra Sinfônica Municipal de João Pessoa realiza, nesta quinta-feira (16), no Centro Cultural São Francisco, o VIII concerto oficial da temporada 2025. Sob a regência do maestro Nilson Galvão, com participação do solista convidado Daniel Espinoza, a Orquestra vai executar obras de Johann Nepomuk Hummel e Franz Schubert. O evento, que é gratuito, tem início às 19h.
“É uma alegria renovada anunciar um novo concerto da nossa Orquestra Sinfônica Municipal que tem mantido uma performance de muita qualidade artística e estética no Museu de São Francisco. Nós realizamos as temporadas de concertos há quatro anos e todas as noites são um sucesso. Desde já, agradeço muito a colaboração, o envolvimento de todos os músicos, das musicistas, do maestro e também da equipe do Centro Cultural São Francisco”, afirma o diretor executivo da Funjope, Marcus Alves.
Ele pontua que, com esta ação, a Fundação mantém viva a atitude, orientada pelo prefeito Cícero Lucena, de estar sempre promovendo atividades culturais das mais diversas linguagens no Centro Histórico de João Pessoa. “Entendemos que é uma forma de manter viva a ocupação desse território, e tem dado certo, tem sido um sucesso sempre”, acrescenta.
O maestro Nilson Galvão explica que o concerto terá duas obras que contrastam entre si. Abrimos com a obra do compositor austríaco Johann Nepomuk Hummel, que é uma fantasia, um instrumento solista – a viola – e a orquestra de cordas. O solista é o paraibano Daniel Espinoza, que já fez parte da Orquestra e hoje está fazendo pós-graduação na Europa.
“É uma peça bastante lírica, de uma beleza muito cristalina porque a viola é, de fato, protagonista. A orquestra faz um acompanhamento muito leve. Vamos poder ver toda a desenvoltura da viola numa obra super leve e com melodias belíssimas”, pontua.
A segunda obra da noite é uma obra colossal, uma das mais importantes do período romântico, a nona sinfonia do compositor austríaco Franz Schubert, também chamada A Grande, pela estrutura da obra ser muito extensa. O maestro ressalta que é um marco na vida do compositor porque define muitos paradigmas tanto durante, no período histórico em que a peça foi composta, mas, principalmente, depois que a sinfonia é escrita.
Schubert não conseguiu ouvir a sinfonia porque morreu muito jovem, com pouco mais de 40 anos, e ela só foi publicada e executada pela primeira vez anos depois. “É uma peça que tem temas heroicos, trata de imponências, algo bem superlativo, é muito enérgica, com movimento rítmico bem fixo, e o quarto movimento é energia pura. Exige demais dos músicos na questão técnica e de energia física”, completa o regente.